No começo do século XX, Max Weber, publicou um livro a respeito das grandes organizações da sua época. Deu-lhes o nome de burocracia e começou a designar o século XX como o século das burocracias, pois achava que estas eram as organizações características de um novo tempo, provida de novos valores e de novas exigências. O surgimento das burocracias coincidiu com o surgimento do capitalismo, graças a inúmeros fatores, dentre os quais a economia do tipo monetário, o mercado de mão-de-obra, o surgimento do estado-nação centralizado e a divulgação da ética protestante (que enfatizava o trabalho como um dom de Deus e a poupança como forma de evitar a vaidade e a ostentação).
As burocracias despontaram a partir da era vitoriana como decorrência da necessidade que as organizações sentiram de ordem e exatidão e em função das reivindicações dos trabalhadores por um tratamento justo e imparcial. O modelo burocrático de organização surgiu como uma reação contra a crueldade, o nepotismo e os julgamentos tendenciosos e parcialistas típicos das práticas administrativas desumanas e injustas do início da revolução Industrial. Na verdade, a burocracia foi uma invenção social aperfeiçoada no decorrer da Revolução Industrial, embora tenha suas raízes na Antigüidade histórica, com a finalidade de organizar detalhadamente e de dirigir rigidamente as atividades das empresas com a maior eficiência possível.
O primeiro teórico das organizações foi Max Weber. Weber estudou as organizações sob um ponto de vista estruturalista, preocupando-se com sua racionalidade, isto é, com a relação entre os meios e recursos utilizados e os objetivos a serem alcançados. A organização por excelência, para Weber, é a burocracia.
Com o aparecimento, crescimento e proliferação das burocracias, a teoria administrativa — até então introspectiva e voltada apenas para os fenômenos internos da organização — ganhou uma nova dimensão através da abordagem estruturalista: além do enfoque intra-organizacional surgiu também o enfoque interorganizacional. A visão estreita e restrita aos aspectos internos da organização passou a ser ampliada e substituída por uma visão mais ampla, envolvendo a organização e suas relações com outras organizações dentro de uma sociedade maior. A partir daqui, a Abordagem Estruturalista se impõe definitivamente sobre a Abordagem Clássica e a Abordagem Humanística Embora predomine a ênfase na estrutura, a visão teórica ganha novas dimensões e novas variáveis. A complexidade se toma evidente.
A Abordagem Estruturalista se divide em: Teoria da Burocracia com ênfase na estrutura e Teoria Estruturalista com ênfase na Estrutura, nas Pessoas e no Ambiente.